domingo, 15 de maio de 2011

Não, eu não sou perfeita.



Eu me afasto da verdade, sei qual é e sei que ela assusta: não sou perfeita.  É sempre assim comigo, tantos amores e tantas amizades começam quentes, com alegria e prazer da descoberta, de repente torna-se distancia e indiferença. Então entra meu lado afetivo que odeia o tédio e começa a promover encontros para não cair no desencanto.  Eu acredito no ser humano e nunca espero que uma amizade dê errado por falhas ou falta de comunicação ou iniciativas. Só que por vezes percebo que convivo não com as pessoas e sim com as imagens que fantasiei ou idealizei e quando começo a perceber os defeitos que me incomodam, faço de tudo para superar, por vezes me deprimo, acordo com raiva de tudo e de todos, sinto-me medíocre por não aceitar plenamente o outro, me pego em detalhes lá do começo para não deixar morrer ou fracassar as relações. Mesmo assim algumas fracassam feio porque eu paro de ver a pessoa e vejo uma marca na testa difícil de ter estima. Sozinha e sem pontuar nada de positivo admirar sem sentir medo. Então vem o desprezo na ilusão de me sentir protegida, no entanto sem a possibilidade de um diálogo e de nova descoberta que mostre a verdade de seu interior, a alegria morre e eu repenso o papel da pessoa em minha vida.
Eu bem queria ser um anjo, mas sou humana demais para isso.

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